Homossexualidade

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Dedico este artigo  a todas as pessoas que de uma forma ou de outra sofreram algum tipo de discriminaçao ou preconceito!

E agradeco aos meus convidados que agora fazem parte da minha selecta  lista de amigos!

“Difícil mundo este em que vivemos, onde é mais facil quebrar um átomo que um preconceito”.  – Charles Darwin –

 

HOMOSSEXUALIDADE

Homossexualidade refere-se ao atributo, característica ou qualidade de um ser, humano ou não, que sente atração física, estética e/ou emocional por outro ser do mesmo sexo. Enquanto orientação sexual, a homossexualidade refere-se a “um padrão duradouro de experiências sexuais, afetivas e românticas principalmente entre pessoas do mesmo sexo; o termo também se refere a um indivíduo com senso de identidade pessoal e social com base nessas atrações, manifestando comportamentos e aderindo a uma comunidade de pessoas que compartilham da mesma orientação sexual.

Ao longo da história da humanidade, os aspectos individuais da homossexualidade foram admirados, tolerados ou condenados, de acordo com as normas sexuais vigentes nas diversas culturas e épocas em que ocorreram. Quando admirados, esses aspectos eram entendidos como uma maneira de melhorar a sociedade; quando condenados, eram considerados um pecado ou algum tipo de doença, sendo, em alguns casos, proibidos por lei.

Desde meados do século XX a homossexualidade tem sido gradualmente desclassificada como doença e descriminalizada em quase todos os países desenvolvidos e na maioria do mundo ocidental. Entretanto, o estatuto jurídico das relações homossexuais ainda varia muito de país para país. Enquanto em alguns países o casamento entre pessoas do mesmo sexo é legalizado, em outros, certos comportamentos homossexuais são crimes com penalidades severas, incluindo a pena de morte.

RELIGIÃO

Nem todas as religiões reprovam explicitamente a homossexualidade; algumas meramente omitem considerações a respeito.

Ao longo da história, o amor e o sexo entre homossexuais (especialmente homens) eram tolerados e também instituídos em rituais religiosos da Babilónia e Canãa, além de serem enaltecidos na religião da Grécia antiga; historiadores confirmam que há indícios de que os exércitos de Tebas e de Esparta possuíam unidades formadas por pares de amantes homossexuais, que às vezes oficiavam sacrifícios a Eros, Deus do amor, antes de se engajarem em combate.

UNIÕES HOMOSSEXUAIS

Uniões homossexuais existiram em diversas culturas desde os princípios da humanidade. Na Europa clássica existiram em sociedades gregas e romanas e mesmo em comunidades cristãs em forma de um sacramento chamado Adelphopoiesis. Na Ásia existiram para homossexuais masculinos sob forma de casamentos Fujian e para mulheres sexuais sob o nome de Casamento das Orquídeas de Ouro. Casamentos entre lésbicas foram documentados em mais de trinta tribos africanas e entre homens homossexuais em cinco tribos.

PAÍSES PIONEIROS

No fim da década de 1990 e no começo dos anos 2000, tentativas de legalizar ou banir o casamento entre pessoas do mesmo sexo foram motivo de debate em vários países. Em 2001, os Países Baixos foram o primeiro país da era moderna a permitir o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Actualmente, esse tipo de casamento também é legal na Bélgica, Canadá, África do Sul, Espanha, Noruega e Suécia entre outros.

Nos Estados Unidos também é reconhecido em alguns dos seus 50 estados.

Em Portugal, a Assembleia da República aprovou esta lei em Janeiro de 2010 mas excluiu a adopção entre casais do mesmo sexo.

SEXUALIDADE E IDENTIDADE DE GÉNERO

A Associação Americana de Psiquiatria, a Associação Americana de Psicologia e a Associação Nacional dos Trabalhadores Sociais, em 2006, declararam:

Atualmente, não há consenso científico sobre os fatores específicos que levam um indivíduo a tornar-se heterossexual, homossexual ou bissexual, incluindo possíveis efeitos biológicos, psicológicos ou sociais da orientação sexual dos pais. No entanto, as evidências disponíveis indicam que a grande maioria das lésbicas e adultos homossexuais foram criados por pais heterossexuais e que a grande maioria das crianças criadas por pais gays e lésbicas crescem como heterossexuais.

PARENTALIDADE

Embora às vezes seja afirmado em debates políticos que casais heterossexuais são pais inerentemente melhores do que casais do mesmo sexo, ou que os filhos de pais homossexuais fiquem piores do que crianças criadas por pais heterossexuais, estas afirmações não encontram qualquer suporte na literatura de pesquisa científica. Na verdade, a promoção deste conceito, e as leis e políticas públicas que encarnam, são claramente contraproducentes para o bem-estar das crianças.

O género do pai ou da mãe não é um fator de ajuste para uma criança. A orientação sexual de um indivíduo não determina se essa pessoa será, ou não, um bom pai. Crianças criadas por pais gays ou lésbicas são, normalmente, mais saudáveis, bem sucedidas e bem ajustadas do que crianças criadas por pais heterossexuais.

Declarações das principais associações de especialistas nesta área refletem o consenso profissional de que crianças criadas por pais gays ou lésbicas não diferem, em aspectos importantes, de crianças criadas por pais heterossexuais. Não existe qualquer pesquisa credível empírica que sugira o contrário. Se os pais gays, lésbicas ou bissexuais fossem inerentemente menos capazes de criar uma criança do que pais heterossexuais, seus filhos iriam evidenciar problemas, independentemente do tipo de amostra, e este padrão, claramente, não tem sido observado.

HOMOFOBIA

Em muitas culturas, as pessoas homossexuais são frequentemente passíveis de   preconceito e discriminação.

Como membros de muitos outros grupos minoritários que são objetos de preconceito, elas também estão sujeitas a estereótipos, o que acrescenta à marginalização.

O preconceito, discriminação e os estereótipos são as prováveis formas de homofobia e heterossexismo, que são as atitudes negativas, preconceitos e discriminações em favor de relacionamentos e da sexualidade entre pessoas de sexo oposto.

A homofobia é o medo, aversão ou discriminação contra homossexuais. Ela  manifesta-se de formas diferentes e um número de diferentes tipos de comportamentos homofóbicos têm sido registados. Quando tais atitudes se manifestam como  muitas vezes são chamadas de crimes de ódio.

PERSPECTIVA JURÍDICA

O Canadá protege legalmente  o casamento homossexual com base no “Civil Marriage de 2005”.  Assim o Tribunal Canadiano declarou que a lei não viola princípios constitucionais  e sim, preserva o principio da igualdade.

Da mesma forma, a lei canadiana assegura asilo político e proibição de discriminação no trabalho, ambos em razão da orientação sexual.

Em Portugal e de acordo com o artigo 240 do novo Codigo Penal Português, em vigor desde 15 de Setembro de 2007, qualquer forma de discriminação com base em orientação sexual (seja ela sobre homossexuais, heterossexuais ou bissexuais), é  crime.

Além disso, o artigo 132, II, ” f  ” do novo Código Penal, define como circunstância agravante o homicídio qualificado por motivo de ódio, inclusivé no tocante à orientação sexual.

“O ser humano é guiado pelo chamado instinto de horda: Tende a andar em grupos de iguais e hostilizar os diferentes”.

 

E foi com imenso prazer que dediquei dois programas À CONVERSA,  a temas tão actuais como os acima mencionados e tive como convidados pessoas duma integridade, duma formação profissional, dum saber-estar na vida que nos proporcionaram momentos de reflexão a que ninguém terá ficado indiferente.

Admiro-os pela coragem de assumirem publicamente a sua orientação sexual e posso dizer-vos que na minha lista de amigos e no meu coração os nomes de todos eles,  têm um lugar de destaque.

Não por serem “diferentes” mas por serem eles próprios!

“Vocês riem de mim porque sou diferente…Eu sorrio de vocês porque são todos iguais”.

Tiro o chapéu ao Humberto e ao David  que na hora certa resolveram adoptar 3 irmãos cujo futuro não se mostrava muito brilhante.  A viverem em famílias de acolhimento estes 3 miúdos, com uma infância destruida por sucessivos problemas familiares, encontraram a estabilidade e hoje em dia, o Daniel de 12 anos, o Adam de 10 e o Ethan de 9 são felizes e  descomplexados, fazendo as delícias deste casal com uma vida em comum, desde os tempos da Universidade, já lá vão 14 anos.

Tiro o meu chapéu, ao casal Alberto e Pedro que dum modo sincero nos contaram como se conheceram, as dificuldades encontradas ao longo do seu percurso de vida em comum no Brasil e de como encontraram aqui no Canadá uma sociedade aberta em relação à homossexualidade.


Ao André, que já havia participado num outro programa da organização ACT/Viver,  não tenho palavras para lhe agradecer o facto de ter acedido ao meu convite para nos falar da sua experiência como homossexual, de bem com a vida mas que também sofreu algum tipo de discriminação antes de encontrar um porto seguro aqui neste País.

À Lucy, a minha enorme gratidão, a minha “inveja” pela coragem que demonstrou ao enfrentar todo o tipo de preconceitos da parte da família. Compreendo que não terão sido tempo fáceis, para si e seu companheiro de 9 anos.  Sair do “armário” e assumir a sua homossexualidade e ainda por cima com uma filha pequena… é obra! Mas ela conseguiu vencer as barreiras e hoje depois de algumas relações frustradas …está livre para voltar a amar.


O casal Juliana e Hedvig surpreendeu-me pelo facto do “jogo do empurra” para engravidar. Está nos planos destas duas senhoras, terem filhos biológicos mas foi curioso saber a preocupação de ambas, de qual estaria mais “livre” para tal.  A JuJu diz que a idade dela não é a melhor, mas a Hedvig rebate dizendo que ela de facto é mais jovem mas tem um emprego mais complicado (desportos radicais).


Duma coisa ficámos com a certeza, vão ser mães, seja qual for a decisão do casal.

A todos eles o meu bem-haja e façam o favor de serem felizes!

 

Texto elaborado pela autora e em parte extraido do site Wikipedia e outras fontes!
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